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Análise: SIMPAR
Equipe Universidade da Bolsa Atualizado em 18/10/2025
A Simpar foi criada em 2020 com o objetivo de controlar, direcionar e suportar a execução dos planos de negócio das suas empresas independentes JSL, Movida, Vamos, Automob, CS Infra, CS Brasil, BBC e Ciclus Ambiental.
Assim, a empresa é uma holding, que detém, controla e gerencia as suas subsidiárias.
A Simpar tem como estratégia buscar o constante desenvolvimento de todas as suas empresas controladas, assegurando a eficiência operacional, altos padrões de governança, alianças estratégicas e o desenvolvimento de novos negócios e segmentos para o Grupo.
Para saber mais sobre a Simpar e as suas controladas, acesse aqui uma análise completa sobre a companhia.
Em relação aos resultados financeiros da Simpar, tivemos um 2º trimestre de 2025 com forte evolução nas receitas e margens, além de um EBITDA recorde.
Em relação as suas subsidiárias, a Movida mostrou aumento de clientes, evolução de receita e margem, além da venda dos ativos que representaram 80% das vendas do Grupo Simpar. A JSL renegociou contratos e, com isso, obeteve expansão na margem e no EBITDA. A Vamos apresentou recorde nas vendas de seminovos e aumento na receita de locação. A Automob mostrou um maior foco na otimização dos seus processos, o que gerou um aumento de vendas de veículos, peças e serviços, além da redução de custos. A CS Infra obteve vitória na concessão da Ponte Binacional. A Ciclus Ambiental e a CS Brasil mostrou recuperação das condições econômicas e melhoria no seu operacional. Por fim, o BBC cresceu a carteira de crédito.
Quanto ao resultado consolidado de todas as suas subsidiárias juntas, obteve-se o número abaixo:
Podemos verificar que a receita líquida total obteve uma alta de 4,6¨, a receita de serviços 6,8%. O lucro líquido ajustado teve um prejuízo de R$ 36,1 milhões no trimestre, impactado por maior custo financeiro e taxa Selic mais elevada.
Segue abaixo os números por subsidiária:
A Movida novamente foi o principal destaque gerando um EBITDA sólido, sendo a mais importante subsidiária. A Vamos tem uma grande importância nos resultados, mas a dívida está em altos níveis, que acaba impactando os resultados financeiros.
A Dívida Líquida/EBITDA caiu para 3,6x neste 2T2025, contra 3,8x no 2T2024. Assim, a alavancagem normalizada ficou em 3,4x, já refletindo potenciais reduções de capital investido. Dívida Líquida/EBITDA das controladas ficou em média 3,2x. Lembrando que este indicador acima de 3,0x é considerado alto, gerando alerta para o investidor.
Um cenário interessante para Simpar seria a queda da Selic, pois reduziria as despesas financeiros da companhia, o que poderia levar os preços das ações a subirem para aproximadamente R$9,00. No entanto, com a Selic alta por mais tempo, mas com melhorias operacionais e uma desalavancagem gradual, como vem acontecendo, poderíamos chegar aos R$7,00 para as ações da Simpar. Porém, existe também um cenário mais pessimista que é a Selic permanecer alta e a companhia não conseguir crescer suas receitas e diminuir sua dívida. Nesse caso, um preço mais justo seria aos R$4,00.
Um investidor de longo prazo que acredita no potencial da Simpar e das suas controladas, já poderia se manter posicionados, visto que existem gatilhos para um crescimento dos números da empresa. Um investidor mais cauteloso podería aguardar melhoras mais significativas nos números da companhia, inclusive uma queda dos juros que ajudaria a Simpar no seu processo de desalavancagem.
Portanto, quem investe em Simpar possui um perfil mais agressivo, pois no prazo mais curto e médio a companhia apresenta dificuldades que ainda precisam ser sanadas.
Analisando tecnicamente o gráfico da Simpar (SIMH3), podemos verificar que no longo prazo temos um crescimento dos preços, que chegaram até os R$17,00, até mesmo após a crise do COVID em 2020, conforme mostra a linha vermelha:
Mais recentemente, tivemos uma queda até uma mínima de R$2,95. Após isso, em 2025, os preços passaram por um crescimento de quase 100% e agora estamos dentro de uma lateralidade entre por volta dos R$4,00 no fundo da lateralidade e R$6,00 no topo da lateralidade.
Como enfatizamos anteriormente, um investidor mais arrojado poderia se posicionar neste momento, principalmente porque os preços estão no fundo desta lateralidade. Caso os preços rompam para baixo a lateralidade, teríamos uma queda, pelo menos, até o último topo mais abaixo aos R$3,60, local onde um investidor poderia aumentar mais seus aportes.
Caso o investidor queira uma ganho mais curto, poderia encerrar sua posição no topo da lateralidade aos R$6,00. O investidor de longo prazo podería segurar as ações até a recuperação gradual dos números da companhia, que poderia levar até topos mais altos.
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